O ato da abertura bucal é algo extremamente automático e não nos damos conta de quantas vezes abrimos e fechamos a boca em um dia, tanto para o primeiro bocejo do dia até o último da noite.
Infelizmente só iremos perceber tal necessidade quando os desconfortos na abertura bucal e mastigação tornam-se evidentes.
Estamos falando em termos de abertura bucal com o comprometimento da articulação temporomandibular, porém pode acontecer tal comprometimento da abertura bucal por comprometimento de outras estruturas e o mesmo deve ser avaliado.
A melhor forma de compararmos tal alteração assemelha-se a uma engrenagem de um carro que por sofrer carga excessiva por erro no projeto do engenheiro começa a apresentar desgastes precoces evidentes por estalidos e crepitações e por travamentos que impedem a rotação correta da engrenagem.
O mesmo ocorre na articulação temporomandibular, sendo que o processo até o travamento é progressivo e pode ser adaptativo somente levando o paciente a procurar ajuda quando as dores e limitações começarem a interferir na qualidade de vida.
A evolução de todo o processo começa com estalidos quando abrirmos a boca que podem perdurar por anos até que o problema se estabeleça realmente, evoluindo para desequilíbrios no momento da abertura bucal.
Do ponto de vista das alterações, o que ocorre realmente é uma alteração da lubrificação da articulação temporomandibular com perda da dinâmica da relação entre os componentes intra articulares, evitando o trabalho correto da articulação temporomandibular.
A avaliação além de clínica deve ser direcionada a exames de imagem com ressonância magnética de articulações temporomandibulares.
Dr. Pablo Leite (CRO/SC 6944)
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Rio do Sul e Blumenau